Fábio Farias de Moraes (UFSC, UNESC)
Alcides Goularti Filho (UNESC, CNPq)
O texto pretende discutir o processo de povoamento e colonização das regiões ervateiras de Santa Catarina introduzindo o debate sobre semelhanças e discrepâncias que acabaram por constituir numa diferenciação espacial destacando o sistema de transporte e produtivo do complexo ervateiro. Ao invés de estar reservado para as descobertas ou novas constatações sobre as origens étnicas da população, nosso recorte espacial consiste numa sistematização preliminar dos fluxos migratórios, do sistema de transporte e das mudanças demográficas. Nesse texto o recorte espacial escolhido não obedece exclusivamente ao caráter físico, tratando da distribuição da Ilex Paraguariensis, a erva-mate, pelo que é hoje território administrativo do estado de Santa Catarina, mas se refere principalmente a um conjunto de regiões que tiveram a atividade ervateira — ou seja, a extração, o beneficiamento, transporte ou comercialização — como algo em comum. O texto está divido nos seguintes tópicos: a) colonização e povoamento em Santa Catarina; b) Colônia Dona Francisca e sua expansão; c) colonização do Oeste e Alto Vale do Uruguai e Planalto Norte; c) considerações sobre a diferenciação espacial; d) sistema de transporte, fluxo mercantil e integração econômica
Palavras-chaves: complexo ervateiro – sistema de transporte – colonização – diferenciação social